quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

BRASSAÏ - fotógrafo underground:


BRASSAÏ - fotógrafo underground:

Brassaï, o fotógrafo da Paris underground, era fascinado pelas pessoas notívagas que pertencem a um mundo de prazer, amor, vício, crime, drogas. Um mundo secreto, suspeito, fechado aos não iniciados. Brassaï, além de fotografar bordéis e casas de ópio, que ele considerava representarem a face mais viva e autêntica da cidade, também fotografou um grupo de artistas com quem compartilhava alguns valores.


Seus escritores favoritos, Stendhal, Dostoieviski e Nietzsche, dizia Brassaï, eram apaixonados pelos proscritos que viviam longe das convenções. Eles admiravam seu orgulho, sua força, sua coragem, seu desdém pela morte. Dostoievski venerava criminosos de verdade, acrescentava Brassaï. Ladrões, assassinos, condenados - seus próprios companheiros de prisão. Esses criminosos, rejeitados pela sociedade, se tornaram seus mentores, sua doutrina de vida tornaram-se seu ideal. Dostoieviski conscientemente adotou o código dos presos: viver a vida segundo as próprias paixões, criar as próprias leis!

Também Sartre, amigo de Brassaï, sentia atração similar por lugares sórdidos e jovens duvidosos, e sua rejeição dos valores de classe média, seu fascínio pelo ladrão Jean Genet e sua arte acarretavam comparações com o código de condenados de Dostoievski.